3. Configuração
Devido à sua variedade de usos, o Cinelerra não pode ser usado de uma forma ótima sem que haja uma configuração precisa, voltada para suas necessidades específicas. Muito poucos parâmetros são ajustáveis à hora da compilação. A configuração na hora de rodar o programa ("runtime") é a única opção para a maioria das configurações, devido à multitude de parâmetros.
Aqui nós discutimos não apenas as opções de configuração, mas quais das diferentes APIs são suportadas em GNU/Linux.
Vá para configurações->preferências para ver mais opções.
3.1 Variáveis de ambiente
Nos derivativos de UNIX, variáveis de ambiente são variáveis globais no terminal ("shell") que todas as aplicações são capazes de ler. Elas são configuradas com um comando como set VARIABLE=value
. Todas as variáveis de ambiente podem ser vistas com um comando tipo env
. O Cinelerra reconhece as seguintes variáveis de ambiente:
- LADSPA_PATH
Se você quer usar plugins LADSPA, isto deve ser definido: uma lista separada por vírgula de diretórios onde serão buscados os plugins LADSPA. Estes não são plugins nativos do Cinelerra. Veja seção Efeitos ladspa.
- GLOBAL_PLUGIN_DIR
O diretório onde o Cinelerra deve procurar por plugins nativos. O padrão é ‘/usr/lib/cinelerra’, mas você pode precisar de um diretório alternativo se você compartilha o mesmo diretório executável entre várias máquinas via NFS. Plugins de diferentes formatos binários precisam estar em diretórios diferentes.
- LANG e LANGUAGE
O Cinelerra está traduzido em várias línguas. As configurações de língua do Cinelerra normalmente são lidas a partir de suas configurações de língua no Linux. Para rodar o Cinelerra em uma língua diferente da selecionada em seu sistema, mude as variáveis de ambiente LANG e LANGUAGE.
Por exemplo, abra um terminal e digite: export LANG=es_ES LANGUAGE=es_ES
, e depois rode o Cinelerra a partir do mesmo terminal. Ele abrirá com os textos dispostos em espanhol.
Línguas disponíveis são:
- en_EN - English
- es_ES - Espanhol
- sl_SI - Esloveno
- fr_FR - Francês
- eu_ES - Euskera (Basco)
- de_DE - Alemão
- pt_BR - Português do Brazil
- it_IT - Italiano
Em alguns casos (por exemplo, se você compilou o Cinelerra especificando uma opção ‘--prefix=’ diferente do arquivo ‘/usr/local’), os arquivos .po traduzidos não são instalados. Se você não consegue rodar o Cinelerra em sua língua escolhida, tente rodar os seguintes comandos antes de mudar as variáveis de ambiente LANG e LANGUAGE:
cd hvirtual
./configure prefix=/usr
cd po
sudo make install
3.2 Drivers de Áudio
Os drivers de áudio são usados tanto para gravação quanto para reprodução para gerar dados para o e a partir do hardware. Uma vez que os mesmos drivers são usados tanto para gravação quanto para reprodução, sua funcionalidade está descrita aqui em uma seção separada.
3.2.1 Atributos do Driver de Som
- Caminho do dispositivo
Normalmente um arquivo no diretório ‘/dev/’ que controla o dispositivo.
- Bits
O número de precisão de bits que o Cinelerra deve configurar o dispositivo para usar. Isso às vezes possui um significado figurativo. Alguns drivers de com precisam ser configurados para 32
bits para performar uma reprodução de 24 bits e não tocarão nada quando configurados para 24 bits.
Alguns drivers de som precisam ser configurados para 24 bits para reproduzirem em 24 bits.
- Porta
O padrão IEEE1394 especifica algo conhecido como porta. Isso provavelmente será o número de sua placa firewire.
- Canal
O padrão IEEE1394 especifica algo conhecido como canal. Para câmeras DV ele sempre será 63.
- Dispositivo
O dispositivo escolhido.
- Parar exibição trava
Esta caixa de habilitação esclusiva para ALSA é requerida se, ao se parar a reprodução, o software trava.
3.2.2 OSS
Este foi o primeiro driver de som GNU/Linux. Ele possuía uma implementação open source e uma implementação comercial com mais cartões de áudio suportados. Era o driver padrão de som até o GNU/Linux 2.4. Ainda é o único driver de som que um binário i386 pode usar quando rodando em um sistema x86_64.
3.2.3 OSS Envy24
A versão comercial do OSS possuía uma variante para cartões 24 bits / 96 KHz. Esta variante requeria mudanças significativas no modo como os drivers de som eram usados, sendo para isto que o OSS Envy24 foi criado.
3.2.4 Alsa
ALSA é o driver de som mais comum no GNU/Linux 2.6. Ele suporta a maioria das placas de som agora. Ele usa as vantagens das características de latência baixa do GNU/Linux 2.6 para obter uma performance melhor do que o OSS possuía no 2.4, mas marginalmente a mesma performance que o OSS tinha no 2.0. Infelizmente, o ALSA está constantemente mudando. Um programa que funcione com ele um dia pode não funcionar no dia seguinte. Novos "wrappers" estão sendo desenvolvidos pelo ALSA no presente momento; planejamos suportá-los em intervalos regulares, não a cada novo lançamento de um novo "wrapper".
O ALSA não é mais portável entre i386 e x86_64. Se um binário i386 tenta fazer uma reprodução num kernel x86_64, ele não funciona. Para este cenário, use o OSS.
3.2.5 Esound
ESOUND era um servidor de som que estava acima do OSS. Ele era escrito para um gerenciador de janelas chamado Enlightenment, suportando um número limitado de bits e possuía latência alta se comparado aos tempos modernos, mas multiplexava fontes de áudio múltiplas. É desconhecido se este driver ainda funciona.
3.2.6 Raw 1394
Esta era a primeira interface entre softwares GNU/Linux e as câmeras firewire. Era o modo menos confiável de tocar áudio para uma câmera. Consistia numa biblioteca acima dos comandos de kernel.
3.2.7 DV 1394
A segunda re-escritura do suporte a câmeras DV no GNU/Linux. Este era o modo mais confiável de se tocar áudio para uma câmera, pois consistia em comandos diretos do kernel.
3.2.8 IEC 61883
A terceira re-escritura do suporta a câmeras DV no GNU/Linux. Esta é uma biblioteca acima da RAW 1394, que é uma biblioteca acima dos comandos de kernel. É menos confiável que a DV 1394, mas mais confiável que a RAW 1394. A próxima re-escritura deve corrigir isso.
3.3 Drivers de Vídeo
Os drivers de vídeo são usados para reprodução ("playback") de vídeo nas janelas de composição e visualização.
3.3.1 Atributos do Driver de Vídeo
- Exibição
A interface é voltada para sistemas com dois monitores. Dependendo do valor para "Display", a Janela de Composição aparecerá em um monitor diferente do resto das janelas.
- Caminho do dispositivo
Normalmente um arquivo no diretório ‘/dev/’, que controla o dispositivo.
- Trocar campos
Faz das linhas pares ímpares e das linhas ímpares pares mesmo quando enviando ao dispositivo. Em um monitor NTSC ou 1080i, os campos podem precisar ser trocados para que não haja tremor nos movimentos.
- Canal de saída
Dispositivos com múltiplas saídas podem precisar de um conector específico para enviar o vídeo.
- Porta
O padrão IEEE1394 especifica algo conhecido como a porta. Este é provavelmente o número da placa firewire do sistema.
- Canal
O padrão IEEE1394 especifica algo conhecido como canal. Para câmeras DV, este valor é sempre 63.
3.3.2 X11
Este era o primeiro método de reprodução de vídeo em qualquer sistema UNIX, válido até 1999. Ele simplesmente escreve a tríade RGB para cada pixel diretamente na janela. É o método mais lento de reprodução. Ainda é útil como recurso caso o hardware de gráfico não consegue lidar com quadros ("frames") muito largos.
3.3.3 X11-XV
Este era o segundo grande método de reprodução de vídeo do UNIX, começando em 1999. Ele converte YUV para RGB no hardware por escala ("scaling"). É o método preferível de reprodução, mas não consegue lidar com tamanhos de quadro grandes. O tamanho máximo de vídeo para o XV é normalmente 1920x1080.
3.3.4 X11-OpenGL
O método mais poderoso de reprodução de vídeo é o OpenGL. Com este driver, a maioria dos efeitos é feita no hardware. O OpenGL permite tamanhos de vídeo até o máximo do tamanho de textura, que é normalmente mais largo do que o XV suporta, dependendo do driver de gráfico. Para habilitá-lo, você precisa de um binário construído com suporte a OpenGL. A opção configure
(de configuração) para habilitar o OpenGL é ‘--enable-opengl’. Você precisa de uma placa que suporte OpenGL 2.0. Placas de vídeo nVidia recentes devem funcionar. Você também precisa de um driver de vídeo que suporte OpenGL 2.0, como o driver binário da Nvidia. Para saber se seu driver de vídeo suporta OpenGL 2.0, digite o seguinte comando: glxinfo | grep "OpenGL version"
.
- Driver de vídeo que suporta renderização de hardware OpenGL 2.0:
OpenGL version string: 2.0.2 NVIDIA 87.74
- Driver de vídeo que não suporta renderização de hardware OpenGL 2.0:
OpenGL version string: 1.4 (2.0.2 NVIDIA 87.74)
O OpenGL utiliza PBuffers e shaders para fazer a renderização de vídeo. A placa de gráfico deve suportar OpenGL 2 e o Cinelerra deve ser necessariamente compilado com suporte a OpenGL 2. Isso requere uma compilação em um sistema com os headers ("cabeçalhos") do OpenGL 2. PBuffers são conhecidos por serem volúveis. Se a placa de gráfico não possui memória suficiente ou não tem os visuais corretos, os PBuffers não funcionarão. Tente buscar vários quadros ("frames") ou reiniciar o Cinelerra se o OpenGL não funcionar.
Limitações:
- OpenGL não afeta a renderização. Ele apenas acelera a reprodução ("playback") do vídeo.
- X11-OpenGL processa tudo em modelos de cor 8 bits, embora a diferença entre YUV e RGB seja mantida.
- OpenGL não trabalha com quadros de tamanho maior que 4096x4096.
Aqui está o que aparece escrito no console quando ele trabalha com quadros largos:
BC_Texture::create_texture frame size <frame_width>x<frame_height> bigger
than maximum texture 4096x4096.
- A equação de escala configurada na janela de preferências é ignorada pelo OpenGL.
OpenGL sempre utiliza escalamento linear.
- Tamanhos de project e trilha devem ser múltiplos de 4 para que o OpenGL funcione.
- Para obter a aceleração máxima, efeitos de OpenGL-habilitado devem ser colocados após os efeitos que usam somente o software. Toda a renderização feita antes do último efeito apenas-software é feita em software. As operações de núcleo do Cinelerra, como câmera e projetor são obviamente OpenGL.
- Nem todos os efeitos suportam aceleração OpenGL. Os seguintes efeitos suportam OpenGL: Brilho ("Brightness"), Chromakey, Chromakeyhsv, Balanceamento de Cor ("Color balance"), Desentrelaçamento ("Deinterlace"), Diffkey, Dissolução ("Dissolve"), Inversão ("Flip"), Quadros para Campos ("Frames to fields"), Congelar quadro ("Freeze frame"), Gama ("Gamma"),
Gradiente ("Gradient"), Histograma ("Histogram"), Hue saturation, Interpolar Pixels ("Interpolate Pixels"), Inverter Vídeo ("Invert video"), Linear blur, Overlay, Perspectiva ("Perspective"), Radial blur, RGB601, Rotacionar ("Rotate"), Scale, Threshold, Zoomblur.
3.3.5 Buz
Este é um método para reproduzir arquivos "motion JPEG-A" diretamente para um sinal analógico composite. Ele utiliza um hack popular do driver Video4Linux 1 de 2000 para descomprimir o JPEG em hardware. Infelizmente, ainda que saída analógica seja obsoleta, novos drivers substituíram o BUZ.
3.3.6 Reprodução do vídeo por Raw 1394
Esta era a primeira interface entre softwares GNU/Linux e câmeras firewire. Era a forma menos confiável de enviar vídeo para uma câmera. Consistia em uma biblioteca acima dos comandos de kernel.
3.3.7 Reprodução do vídeo por DV 1394
A segunda re-escritura do suporte a câmeras DV no GNU/Linux. Era a forma mais confiável de reproduzir vídeo em uma câmera. Consistia em comandos diretos do kernel.
3.3.8 Reprodução do vídeo por IEC 61883
A terceira re-escritura do suporte a câmeras DV no GNU/Linux. Esta é uma biblioteca acima do RAW 1394, que é uma biblioteca acima dos comandos de kernel. É menos confiável que o DV 1394, mas mais confiável que o RAW 1394. A próxima re-escritura deve consertar isso.
3.4 Reprodução
3.4.1 Saída de Áudio
Determinam o que acontece quando você reproduz som a partir da Linha do Tempo.
- Tamanho do buffer de reprodução
Para reproduzir áudio, pequenos fragmentos de som são lidos no disco e processados em um console virtual seqüencialmente. Um valor mais alto aqui causa uma latência maior quando você muda os parâmetros de mixagem, mas resulta em uma reprodução mais confiável.
Algumas placas de áudio não permitem modificar a mudança do fragmento de console. Assim, a latência permanece sem modificações, não importa qual seja este valor.
Anteriormente, uma boa forma de assegurar uma reprodução de alta qualidade era ler fragmentos maiores a partir do disco e quebrá-los em fragmentos menores para a placa de som. Isso mudou quando o console virtual mudou do modelo de empurrar ("push model") para o modelo de puxar ("pull model"). Uma vez que diferentes estágios do pipeline de renderização podem mudar a taxa da informação que chega, seria agora muito difícil desconectar pedaços dos fragmentos do console dos pedaços dos fragmentos lidos do disco.
- Deslocamento de áudio
A habilidade de informar a posição exata de reprodução nos drivers de áudio GNU/Linux é bastante ruim, se é que é disponível. Uma vez que esta informação é requerida para uma sincronia decente de vídeo, ela precisa ser acurada. O parâmetro Deslocamento de áudio permite aos usuários ajustar a posição que retorna do driver de áudio para refletir a realidade. O deslocamento de áudio ("audio offset") não afeta a reprodução de áudio ou a renderização. Ele simplesmente muda a sincronia da reprodução de vídeo.
O jeito mais fácil de configurar o deslocamento de áudio é criar uma Linha do Tempo com 1 trilha de vídeo e 1 trilha de áudio. Expanda a tilha de áudio e centre o pan de áudio. A taxa de quadros ("frame rate") deve ser algo acima de 24 fps e a taxa de amostragem deve ser acima de 32000. O tamanho do quadro deve ser pequeno o suficiente para que seu computador o renderize à taxa de quadros inteira. Selecione uma região da Linha do Tempo começando aos 10 segundos e terminando aos 20 segundos. Coloque um efeito de gradiente na trilha de vídeo e configure-o para estar claramente visível. Coloque um efeito de sintetizador no áudio e configure-o para estar claramente audível.
Toque a Linha do Tempo a partir do 0 e observe para ver se o efeito de gradiente começa exatamente quando o áudio começa. Se não, expanda a trilha de áudio e ajuste o deslocamento ("nudge"). Se o áudio começar antes do vídeo, diminua o valor do deslocamento. Se o áudio começar após o vídeo, aumente o valor do deslocamento. Uma vez que a reprodução das trilhas toque sincronizada, copie o valor do deslocamento ("nudge") para o valor de Deslocamento de áudio nas preferências.
Observação: se você mudar os drivers de áudio ou se você mudar o valor de Usar software para posicionar informação, você deverá mudar o deslocamento de áudio porque os drivers de áudio são inequalmente inacurados.
- Visão segue a reprodução
Isso faz com que a janela da Linha do Tempo ande quando o cursor de reprodução se movimenta. Isso pode travar o servidor X ou fazer a janela da Linha do Tempo ficar presa por longos períodos de tempo conforme se desenham os blocos de vídeo("assets").
- Usar software para posicionar informação
A maioria das placas de som e drivers de som não dão uma informação confiável sobre o número de amostras que a placa acabou de reproduzir. Quando se está reproduzindo vídeo, você precisa desta informação para a sincronização. Esta opção faz com que o driver de som seja ignorado e um software marcador de tempo seja usado para a sincronização.
- Reprodução de áudio em tempo real
De volta aos tempos em que 150 MHz era o máximo, isso permitia reprodução ininterrupta de cargas pesadas. Esta opção força a reprodução de áudio para a prioridade máxima do kernel. Hoje, isso é mais útil para atingir latências muito baixas entre as movimentações no console e a saída da placa de áudio. Você dever ser super-usuário ("root") para obter prioridade de tempo real.
- Driver de áudio
Existem vários drivers de áudio para GNU/Linux. Esta opção permite selecionar um driver de áudio e configurar parâmetros específicos para ela. Os drivers de som e seus parâmetros estão descritos na seção de drivers de som. Veja seção Drivers de Áudio.
3.4.2 Saída de Vídeo
Determina como o vídeo sai da Linha do Tempo e chega a seus olhos.
- Reproduzir todos os quadros
Faz com que todos os quadros do vídeo sejam reproduzidos, mesmo que isso signifique que eles fiquem para trás da reprodução do áudio. Esta opção deve estar sempre habilitada, a não ser que você use codecs sem compressão em sua maioria. A maioria dos codecs comprimidos não suportam mais que quadros sejam pulados ("frame dropping").
- Taxa de quadros alcançada
O número de quadros por segundo sendo exibidos durante a reprodução. Este número só é atualizado durante a exibição.
- Decodificar quadros de forma assíncrona
Se você possui bastante memória e mais de uma CPU, esta opção pode melhorar a performance de reprodução decodificando o vídeo em uma CPU o mais rápido possível enquanto dedica a outra CPU apenas para reproduzir vídeo. Ela assume que todas as operações de reprodução estejam à frente ("forward") e que nenhum quadro seja saltado ("dropped"). Operações envolvendo reprodução reversa ("reverse playback") ou salto de quadros são impactadas negativamente.
Uma vez que esta opção requere enormes quantidades de memória, ela pode dar pau caso os quadros de entrada sejam muito grandes.
- Equação de escala
Quando a reprodução do vídeo envolve qualquer tipo de escalamento ou translação, este algoritmo é utilizado. Ele não afeta reprodução 1:1.
- Vizinho mais próximo aumento e redução
qualidade pior, mas mais rápido. Produz bordas desiguais e movimentação desigual.
- Aumento bicúbico e redução bilinear
qualidade mais alta, mas mais lento. Para aumento, interpolação bicúbica é utilizada, o que desfoca um pouco mas não revela passos de escada. Para redução, uma interpolação bilinear é usada, o que produz imagens bastante acuradas e reduz o ruído. As imagens bilineares reduzidas podem ser aguçadas ("sharpened") com um efeito de aguçar ("sharpen") com menos ruído do que uma imagem em tamanho normal.
- Aumento bilinear e redução bilinear
Quando se precisa fazer um aumento leve, um aumento bilinear fica melhor do que um aumento bicúbico.
- Pré-carregar buffer para Quicktime
O decodificador Quicktime/AVI consegue lidar com fontes DVD melhor quando está por volta de 10000000. Isso reduz a quantidade de busca ("seeking") requerida. Infelizmente, quando se lê fontes com taxas de bits altas a partir de um disco rígido, esta opção tende a deixar o processo mais lento. Para uso normal, ela deve estar em 0.
- Legenda do DVD a ser exibida
Arquivos DVD IFO normalmente contém trilhas de legendas. Estas devem ser decodificadas pelo decodificador MPEG. Selecione Habilitar legendas para habilitar a decodificação de legendas. Normalmente, há várias trilhas de legendas, começando do 0. A trilha de legenda a ser decodificada para todas as faixas de MPEG vai na legenda do DVD para reproduzir uma caixa de texto. Vá para o bloco de vídeo ("asset") correspondente ao arquivo MPEG na Janela de Recursos e clique nele com o botão direito do mouse. Escolha "Info". O número de trilhas de legendas aparece na parte de baixo.
- Interpolar imagens CR2
Habilita a interpolação de imagens CR2. Esta opção é requerida, uma vez que imagens brutas em arquivos CR2 estão em um padrão Bayer. A interpolação usa a interpolação interna ("built-in") do dcraw e é muito lenta. Esta operação pode ser desabilitada e o efeito Interpolar Pixels usado ao invés dela para pré-visualização rápida.
- Balancear Branco Imagens CR2
Habilita o balanceamento de branco para imagens CR2 se a interpolação também estiver habilitada. Ela usa a matriz de câmera que está contida no arquivo CR2. O balanceamento de branco não é feito se a interpolação não for feita, já que o balanceamento de branco requere uma mescla ("blending") de todas as três cores primárias.
Desabilitar o balanceamento de branco é útil para operações envolvendo subtração de quadros escuros. O quadro escuro e a longa exposição precisam ter a mesma matriz de cor.
Se você desabilitar o Interpolar imagens CR2 e usar o efeito Interpolar Pixels, saiba que o efeito Interpolar Pixels sempre faz tanto a interpolação quanto o balanceamento de branco usando a matriz de câmera, independentemente das configurações nas Preferências. A subtração de quadros escuros precisa ser realizada antes do Interpolar Pixels.
- Driver de Vídeo
Normalmente, o vídeo na Linha do Tempo vai para a Janela de Composição durante a reprodução contínua e quando o ponto de inserção é reposicionado. Ao invés de enviar o vídeo para a Janela de Composição, o driver pode ser configurado para enviar o vídeo para outro dispositivo de saída durante a reprodução contínua. Entretanto, isso não afeta onde o vídeo vai quando o ponto de inserção é reposicionado.
Os drivers de vídeo e seus parâmetros estão descritos na seção de drivers de vídeo. Veja seção Drivers de Vídeo.
3.5 Gravação
Os parâmetros aqui influenciam no que acontece quando você vai para Arquivo->Gravar.... A intenção era fazer o Arquivo->Gravar... ir o mais rápido possível para a Janela de Monitoramento de Gravação, sem uma caixa de diálogo extensa para configurar o formato de arquivo. Ao invés disso, o formato de arquivo para gravação é configurado aqui e é aplicado a todas as gravações. Também configurado aqui é o hardware para gravação, já que o hardware determina os formatos de arquivo suportados na maioria dos casos.
3.5.1 Formato de arquivo
Determina o formato de arquivo de saída para gravações. Depende muito do tipo de driver usado. A interface é a mesma que a intercafe de renderização. A opção Gravar trilhas de áudio deve estar habilitada para gravar áudio. A opção Gravar trilhas de vídeo deve estar habilitada para gravar vídeo. O botão de ferramenta à esquerda de cada opção abre um diálogo de configuração para configurar o codec correspondente para áudio de vídeo. O áudio e o vídeo são empacotados em um contâiner definido pelo menu Formato de arquivo. Contâiners diferentes podem gravar apenas áudio, apenas vídeo ou ambos.
Alguns drivers de vídeo só conseguem gravar em determinados contâiners. DV, por exemplo, consegue apenas gravar para Quicktime com DV como compressão de vídeo. Se o driver de vídeo é modificado, o formato de arquivo pode ser atualizado para dar a saída suportada. Se você mudar o formato de arquivo para um formato não suportado, ele pode não funcionar com o driver de vídeo.
3.5.2 Entrada de Áudio
Determina o que acontece quando você grava o áudio.
- Driver de Gravação
Usado para a gravação de áudio na Janela de Gravação. Pode ser compartilhado com o driver de gravação para vídeo se o áudio e o vídeo estiverem empacotados na mesma faixa. Leva parâmetros variáveis dependendo do driver. Note que os drivers são os mesmos que os disponíveis em Preferências->Reprodução. Veja seção Drivers de Áudio.
- Amostras para gravar no disco por vez
O áudio é primeiramente lido em pequenos fragmentos a partir do dispositivo. Muitos pequenos fragmentos são combinados em um grande fragmento antes de ser escrito no disco. O processo de gravação no disco é feito em uma etapa diferente. O valor aqui determina quão grande será a combinação de fragmentos para cada gravação no disco.
- Taxa de amostragem para gravação
Independentemente de quais sejam as configurações do projeto, esta é a taxa de amostragem usada para gravação. Deve ser o mais alto que o dispositivo de áudio suporta.
3.5.3 Entrada de Vídeo
Determina o que acontece quando você grava o vídeo.
- Driver de Gravação
É usado para a gravação de vídeo na Janela de Gravação. Pode ser compartilhada com o driver de gravação de áudio se o áudio e o vídeo estiverem empacotados em uma mesma faixa. Leva parâmetros variáveis dependendo do driver. Note que os drivers são os mesmos que os disponíveis em Preferências->Reprodução. Veja seção Drivers de Vídeo.
- Quadros a serem gravados no disco por vez
Quadros são gravados em um pipeline. Primeiro, os quadros são bufferizados no dispositivo. Eles então são lidos em um buffer mais largo para serem escritos no disco. A gravação no disco é feita em uma etapa diferente da leitura do dispositivo. Para certos codecs, a gravação no disco usa múltiplos processadores. Este valor determina quantos quadros serão gravados no disco por vez.
- Quadros para bufferizar no dispositivo
O número de quadros a serem armazenados no dispositivo antes de serem lidos. Determina quanto de latência pode existir em um sistema antes que se salte quadros ("frames dropping").
- Usar software para posicionar informação
Vídeo usa áudio para a sincronização, mas a maioria das placas de som não dão informações acuradas de posição. Esta opção calcula uma estimativa da posição de áudio no software ao invés do hardware para a sincronização.
- Sincronizar drives automaticamente
Para gravação de taxas de bits altas,os drives devem ser rápidos o suficiente para armazenar a informação, mas o GNU/Linux pode esperar vários minutos e atrasar, conforme escreve vários minutos de informação de uma vez. Esta opção força o GNU/Linux a descarregar seus buffers a cada segundo ao invés de a cada alguns minutos e produz um comportamento levemente mais tempo-real.
- Tamanho do quadro capturado
Este é o tamanho dos quadros gravados. É independente do tamanho de quadro do projeto, já que a maioria dos dispositivos de vídeo gravam apenas um tamanho fixo de quadro. Se o tamanho de quadro informado aqui não for suportado pelo dispositivo, o Cinelerra pode dar pau.
- Taxa de quadros para gravação
A taxa de quadros gravada é diferente da configuração do projeto. Esta opção configura a taxa de quadros a ser gravada.
3.6 Performance
Você passará amaior parte do tempo configurando esta seção. O foco principal da performance são os parâmetros de renderização que não estão disponíveis no diálogo de renderização.
- Itens de cache
Para aumentar a velocidade do render, vários blocos de vídeo ("assets") são mantidos abertos simultaneamente. Este parâmetro determina quantos são mantidos abertos. Um número muito alto pode exaurir sua memória bem rápido e resultar no programa dando pau. Um número muito baixo pode resultar em uma reprodução ("playback") lenta uma vez que os blocos de vídeo ("assets") precisam ser reabertos mais freqüentemente.
- Segundos para renders preroll
Alguns efeitos requerem um certo período de tempo para se ajustarem. Este parâmetro configura um número de segundos a serem renderizados sem que sejam escritos no disco antes que a região selecionada seja renderizada. Quando usando a fazenda de renderização ("renderfarm"), você precisará às vezes fazer um "preroll" para conseguir transições tranquilas entre os trabalhos. Cada trabalho em uma fazenda de renderização faz um "preroll" levando este valor em consideração. Ele não afeta, entretanto, a renderização de fundo ("background rendering"). Renderizações de fundo usam um valor diferente de "preroll".
- Forçar uso de processador único
O Cinelerra tenta usar todos os processadores do sistema por padrão, mas às vezes ele quererá usar apenas um processador, como em um cliente de uma fazenda de renderização ("renderfarm"). Este parâmetro força o uso de apenas um processador. O sistema operacional, entretanto, normalmente usará o segundo processador de qualquer forma para acessar o disco rígido, então esta opção é na verdade um modo de 1.25 processador. O valor deste parâmetro é usado em clientes de fazendas de renderização.
3.6.1 Renderização de fundo
A renderização de fundo ("background rendering") foi originalmente concebida para permitir que efeitos HDTV fossem exibidos em tempo-real. A renderização de fundo faz com que a saída temporária seja constantemente renderizada enquanto a Linha do Tempo está sendo modificada. A saída temporária é exibida durante a reprodução sempre que possível. É bastante útil para transições e previsões de efeitos que são muito lentos para serem reproduzidos em uma quantia razoável de tempo. Se a fazenda de renderização ("renderfarm") estiver habilitada, a fazenda é usada para a renderização de fundo, dando-lhe o potencial para efeitos em tempo-real caso haja banda ou nódulos de CPU suficientes.
A renderização de fundo é habilitada na aba Performance da Janela de Preferências. Ela possui uma função interativa Menu configurações -> Ajustar renderização de fundo. Isso marca onde a renderização de fundo começa para onde o ponto de entrada estiver. Se algum vídeo existe, uma barra vermelha aparece na barra de tempo, mostrando o que foi renderizado ao fundo.
É normalmente útil inserir um efeito ou uma transição e selecionar Menu configurações -> Ajustar renderização de fundo logo antes do efeito para pré-visualizá-lo a taxas de quadros inteiras.
- Quadros por cada trabalho de renderização ao fundo
Este parâmetro só funciona caso a fazenda de renderização ("renderfarm") estiver sendo usada.Do contrário, a renderização de fundo criará um trabalho único para toda a Linha do Tempo. O número de quadros especificado aqui é escalado para a valocidade relativa de CPU dos nódulos de renderização e usado em um único trabalho de fazenda de renderização. O número ótimo está entre 10 - 30, já que a banda de rede é usada para iniciar cadatrabalho.
- Quadros para preroll ao fundo
Este é o número de quadros a serem renderizados à frente de cada trabalho de renderização de fundo. A renderização de fundo é degradada quando o "preroll" é utilizado, já que os trabalhos são pequenos. Quando estiver usando renderização de fundo ("background rendering"), este número é idealmente 0. Alguns efeitos podem requerer 3 quadros de "preroll".
- Saída para renderização ao fundo
A renderização de fundo gera uma seqüência de arquivos de imagem em um certo diretório. Este parâmetro determina o prefixo do nome de arquivo dos arquivos de imagem. Deve ser configurado para um disco rápido, acessível a cada nódulo da fazenda de renderização ("renderfarm") pelo mesmo caminho. Uma vez que centenas de milhares de arquivos de imagem serão normalmente criados, comandos ls
não funcionarão no diretório de renderização de fundo. O botão
para esta opção também normalmente não funcionará, mas o botão de configuração
para esta opção funcionará.
- Formato de arquivo
O formato de arquivo para a renderização de fundo deve ser uma seqüência de imagens. O formato da seqüência imagens determina a qualidade e a velocidade da reprodução. JPEG costuma ser uma boa opção na maioria das vezes.
3.6.2 Fazenda de renderização
Para usar a fazenda de renderização, configure estas opções. Ignore-as no caso de um sistema único.
- Usar a fazenda de renderização para renderizar
Quando selecionada, todas as operações de arquivo->render usarão a fazenda de renderização.
- Nódulos
Exibe todos os nódulos da fazenda de renderização e quais estão ativos. Nódulos são adicionados ao se informar o nome do hospedeiro ("host name") do nódulo, verificando o valor da porta e clicando em adicionar nódulo. Nerds de computador ficarão mais contentes editando o arquivo ‘~/.bcast/.Cinelerra_rc’ ao invés deste caso tenham centenas de nódulos. Lembre-se que o arquivo ‘.Cinelerra_rc’ é sobrescrito sempre que uma cópia do Cinelerra sair do programa.
Selecione a coluna Ligado para ativar e desativar nódulos uma vez que sejam criados. Os nódulos podem ser editados selecionando uma fileira e clicando em Aplicar Mudanças.
- Hostname
Edite o nome de hospedeiro ("hostname") de um nódulo existente ou informe o nome de hospedeiro de um novo nódulo aqui.
- Porta
Edite a porta ("port") de um nódulo existente ou informe a porta de um novo nódulo aqui.
- Aplicar mudanças
Quando editando um nódulo existente, clique aqui para enviar ("commit") as mudanças para o hostname e a porta. As mudanças não serão enviadas ("committed") se você não apertar este botão.
- Adicionar nódulo
Cria um novo nódulo com as configuarções de hostname e porta.
- Apagar nódulo
Apaga quaisquer nódulos que estejam selecionados na lista de nódulos.
- Ordenar nódulos
Ordena a lista de nódulos baseado no nome de hospedeiro ("hostname").
- Zerar taxas
Zera a taxa de quadros de todos os nódulos. Taxas de quadros são usadas para escalar os tamanhos de trabalhos baseados na velocidade de CPU do nódulo. Taxas de quadros são calculadas apenas quando a fazenda de renderização ("renderfarm") está habilitada.
- Total de trabalhos a serem criados
Determina o número de trabalhos a serem despachados para a fazenda de renderização ("renderfarm"). Quanto mais trabalhos você criar, melhor balanceada a fazenda de renderização se tornará.
Você pode determinar o total de trabalhos a ser criado multiplicando o número de nódulos incluindo o nódulo-mestre por algum número. Multiplique-os por 1 para ter um trabalho despachado para cada nódulo. Multiplique-os por 3 para ter três trabalhos despachados para cada nódulo. Se você tem 10 nódulos-escravos e um nódulo-mestre, especifique 33 para ter uma fazenda de renderização balanceada.
3.7 Interface
Estes parâmetros afetam unicamente como a interface do usuário funcionará.
- Formato de Tempo
Várias representações de tempo são fornecidas. Selecione a mais conveniente. A representação de tempo também pode ser mudada pela tecla <CTRL> clicando na barra de tempo.
- Arquivos de índice vão aqui
De volta aos tempos em que 4 MB/seg era uma velocidade extra-terrestre para um disco rígido, arquivos de índice foram introduzidos para aumentar a velocidade do desenho das trilhas de áudio. Esta opção determina onde os arquivos de índice serão criados no disco rígido.
- Tamanho do arquivo de índice
Determina o tamanho de um arquivo de índice. Tamanhos grandes de índice permitem que arquivos menores sejam desenhados mais repidamente, enquanto deixam mais lentos os desenhos para arquivos grandes. Tamanhos menores de índices permitem que arquivos grandes sejam desenhados mais rápidos enquanto diminuem a velocidade para arquivos pequenos.
- Número de arquivos de índice para manter
Para evitar que o diretório dos arquivos de índice se torne sem regras, arquivos de índice antigos são apagados. Este parâmetro determina o número máximo de arquivos de índice a serem mantidos no diretório.
- Apagar índices existentes
Quando você muda o tamanho de índice ou quando você quer limpar arquivos excessivos de índice, esta opção apaga todos os arquivos de índice.
- Usar miniaturas
A Janela de Recursos exibe pré-visualizações em miniatura ("thumbnails") dos blocos de vídeo ("assets") por padrão. Isso pode levar bastante tempo para acontecer. Esta opção desabilita as pré-visualizações.
- Arrastar as bordas de edição faz
O Cinelerra não permite apenas que você faça edições arrastando as bordas de
edição, mas também define três operações separadas que podem acontecer quando
você arrasta uma borda de edição. Para cada botão de mouse, você pode selecionar
um comportamento nesta janela. O uso de cada modo de edição está descrito na
seção de edição. Veja seção Redimensionando ("trimming").
- DB Mín para medidor
Algumas fontes de som possuem uma entrada de ruído mais baixa do que outras. Tudo abaixo da entrada de ruído é não-significativo. Esta opção configura o medidor para fazer um recorte abaixo de um certo nível. Placas de som de nível consumidor normalmente chegam até -65. Placas de som profissionais chegam a -90. Veja seção Janela de medidores de nível de som.
- DB Máx para medidor
Configura o nível máximo de som representado pelos medidores de som. Independentemente de qual seja este valor, nenhuma placa de som consegue reproduzir som acima de 0 dB. Este valor é apresentado meramente para mostrar quão fora do limite uma onda sonora pode estar. Veja seção Janela de medidores de nível de som.
- Tema
O Cinelerra suporta temas variáveis. Selecione um aqui e reinicie o Cinelerra para vê-lo.
3.8 Sobre, janela
Esta seção te dá informações sobre direitos autorais, quando o build presente foi criado, a falta de uma garantia e as versões de algumas bibliotecas. Esteja certo de concordar com os termos de falta de garantia.
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